BAGDAD CAFE

 



APRESENTAÇÃO

Olá, amigas e amigos! Eu sou Wellington Lisboa e apresento aqui mais um texto sobre filmes cults. Tudo legal com vocês, mesmo em tempos de pandemia? E a respeito deste desagradável assunto e com quarentena obrigatória, vocês estão assistindo filmes, não importa o estilo, em suas casas? Aguardo o retorno de todos!

BAGDAD CAFE - FILME 

Mais uma vez, recordam-se quando eu escrevi nos textos anteriores, sobre uma passagem de minha pré-adolescência e transformava os coleguinhas de colégio em atores e atrizes famosos e os jogava em meus enredos de ficção, contando histórias fantásticas? Muito bem! O filme que iremos abordar, que por sinal está neste podcast, me faz lembrar uma grande amiga, que passou por história bem semelhante, tal e qual como as duas protagonistas, melhor, protagonista e antagonista. E o filme desta vez é, BAGDAD CAFE

Veja também: TOMATES VERDES FRITOS

Lançado em 1989, esta produção alemã, com o nome original "Out of Rosenheim", cuja direção coube ao alemão Percy Adlon, que tem em seu currículo cinematográfico, filmes como Sugar Baby: Estação Doçura - Belas Artes à La Carte (1985) e Rosalie Vai às Compras (1989). Tanto essas duas películas, quanto esta, tem no elenco Marianne Sägebrecht, atriz alemã que tornou-se grande revelação, quando em 1990 conquistou o prêmio Melhor Atriz, no Festival de Veneza no filme "Martha et moi"

Um aparte se faz necessário! Para quem não conhece, Percy Adlon é um dos mais respeitados cineastas da Alemanha. Ele começou como ator, produtor de documentários, diretor de teatro, além de escrever a sua primeira peça chamada "Celeste", onde ele narra os últimos dias de Marcel Proust (escritor e crítico francês). 

Retornando para a  nossa história, uma cidadã e turista alemã, que atende pelo nome Jasmin Münchgstettner, se desentende com o seu marido na estrada, em direção à Las Vegas. Irritada, Jasmin tem um rompante e o abandona em plena rodovia, pegando sua mala e caminhando pela beira da mesma. O esposo, ao invés de relevar, tem a mesma atitude e a despreza. Mais uma vez, coube à Marianne Sägebrecht a interpretação desta personagem. Após uma longa jornada à pé, a protagonista chega ao Bagdad Cafe, uma casa que funcionava como posto de gasolina, bar e hotel. 

Marianne Sägebrecht (Jasmin)

BRENDA

Neste momento, Jasmin conhece Brenda, uma mulher grosseira e com problemas em seu casamento. Aliás, ela expulsa o seu marido de casa, justamente com a chegada de Jasmin. A ação mútua entre a heroína com a dona do Bagdad Cafe e os hóspedes acontece de forma quase natural. E por quase? Pela desconfiança de Brenda relacionada a Jasmin, levando ao pensamento da primeira sobre qual o verdadeiro motivo da estadia da turista alemã naquele local. Apesar disso, Jasmin procura uma aproximação maior com os fregueses da hospedaria, mesmo com a resistência da proprietária. Jasmin, inclusive, faz números de mágica para eles, além disso, os conquista com o seu carisma natural.

CCH Pounder (Brenda)

Marianne Sägebrecht (Jasmin) e CCH Pounder (Brenda)

Este convívio torna-se maior com o personagem Rudi Cox, cuja atuação pertenceu a um dos legados, a uma das lendas do cinema norte-americano, Jack Palance (1919 - 2006). Rudi é um ator aposentado, sempre lembrando dos anos dourados de Hollywood. Assim que chega ao Bagdad Cafe, Jasmin se espanta ao se deparar com o aspecto deteriorado da casa, tendo o mesmo sentimento relacionado à Brenda. Na verdade, Jasmin tem a impressão que está em um local, digamos, aborígene, e com a sensação que será devorada pela dona do espaço. De forma direta ou indireta, a personagem de Marianne Sägebrecht contribuirá para a mudança do ambiente. Alguns críticos de cinema chegaram a afirmar que há uma renovação quase sob a forma de catarse.

Jack Palance (Rudi) e Marianne Sägebrecht (Jasmin)

RECOMEÇO E METAMORFOSE

Bagdad Cafe é uma grande lição em tempos de pandemia. E por que? Porque esta é uma história que nos leva à reconstrução e ao recomeço. É inegável que Jasmin vence preconceitos e paradigmas, a partir do momento em que ela resolve andar pelo acostamento de uma rodovia e chega a um lugar "1001 utilidade", mais uma vez, funcionando como posto de gasolina, bar e hotel. A medida em que a personagem muda o seu comportamento, reflete-se na metamorfose dos quais ela convive, até mesmo com a ríspida Brenda.
Este filme, dirigido por Percy Adlon, foi indicado ao Oscar, categoria Melhor Canção Original, em 1989, fora o vencedor do prêmio César (em francês, César du cinéma), o mais importante do Cinema francês. A versão original foi gravada por Jevetta Steele, sendo regravada por vários ícones da música, como Paul Young, Celine Dion e George Michael.


Espero que tenham gostado! Acessem meus outros podcasts e quaisquer sugestões, críticas e curiosidades, por favor, inscrevam-se no site e mandem mensagem no link abaixo ou, enviem e-mail para tomlisboa17@gmail.com, que responderei assim que possível. E aguardem por mudanças no site, ok.

Wellington Lisboa™ - 2020


Comentários

  1. Amo os dois filmes, clássicos e de um sensibilidade única, ótimas escolhas!

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    1. Obrigado João, obrigado mesmo e sua opinião, que é valiosíssima.

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  2. É Tom, a palavra de ordem do momento é reinventar-se, excelente escolha cinematográfica. Pergunta: Você sabe de mais atuações da atriz que interpretou Brenda? Parabéns e um abraço! 🌻

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. São eles, Ceici: A Órfã (2009) e Avatar (2009)

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    3. Carol Christine Hilaria Pounder é o seu nome verdadeiro, Ceici. E ainda tem mais filmes com ela, que são FIM DOS DIAS (1999) e A HONRA DO PODERES O PRIZZI (1985), além da série NCIS New Orleans.

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